Cobots: alimentação automatizada de máquinas é caminho para a revolução industrial

As máquinas possuem um papel fundamental nos mais diversos tipos de indústrias, e de acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 76% das grandes empresas que investiram em 2020, adquiriram máquinas ou equipamentos. Porém, em paralelo a essa essencialidade, existem casos de trabalhadores que já se machucaram enquanto trabalhavam nas indústrias.

Além dos problemas ergonômicos que podem ser ocasionados pelas tarefas repetitivas e monótonas, existem os riscos relacionados à manutenção de pesados maquinários. A alimentação manual de máquinas envolve geralmente, pequenos espaços de trabalho e pontas cortantes, além do fato de que manutenções realizadas por horas com pouca luz natural também necessitam de um grande esforço mental. Ao se deslocarem várias vezes para dentro de uma determinada máquina, operadores também podem acabar forçando a lombar e outras partes do corpo.

Segundo Bruno Zabeu, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Universal Robots na América do Sul, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos, o cobots estão ganhando força neste cenário, justamente para tirar os colaboradores dessas tarefas perigosas e evitar que aconteça o turnover, transformando a realidade industrial.

“Em um contexto tão tecnológico e inovador faz ainda menos sentido colocar em risco a vida das pessoas. Hoje temos os robôs colaborativos que são feitos para trabalharem ao lado dos humanos e que podem ser facilmente programados para alimentarem máquinas, mesmo que o mix de peças seja elevado. Isso, além de trazer mais segurança para as pessoas, permite com que indústrias tenham colaboradores focados em outras funções, resultando no aumento de produtividade. Com a adesão dos cobots que está acontecendo ao redor do mundo a tendência é que o setor industrial volte inclusive a atrair trabalhadores”, diz.

Os robôs colaborativos são mais leves e flexíveis do que maquinários tradicionais e capazes de fazer trabalhos precisos exigidos na carga e descarga dos maquinários. Antes, apenas empresas que tinham produção seriada podiam contar com este tipo de automação, porém, agora já existem cobots atuando em prensas, dobradeiras, CNCs, entre outras máquinas de alto mix. Além disso, os robôs colaborativos podem trazer monitoramento e análise em tempo real para os gestores, o que contribui com manutenções preditivas efetivas e consequentemente, menor necessidade de paralizações por problemas nas máquinas.

Para o Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Universal Robots na América do Sul, “cobot” é uma palavra-chave dessa e da próxima revolução industrial, já que agora que as companhias integraram novas tecnologias, a robótica colaborativa vai contribuir para que migrem para uma indústria mais sustentável e centrada no lado humano.

“A Indústria 5.0 envolverá fortemente a resolução de desafios da sociedade e por isso, não há dúvidas que os cobots ganharão mais espaço no mercado. A tendência, portanto, é a maior valorização da atuação híbrida entre homens e máquinas e os negócios que não seguirem esse caminho vão ficar para trás”, finaliza.

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