Automação e robótica podem reforçar a mobilidade de talentos, diz KPMG

Metade (48%) das organizações globais e 60% das áreas de mobilidade de talentos ainda não têm uma visão estratégica para automação e robótica. Além disso, nos casos em que as organizações têm uma visão estratégica, 71% delas não estão utilizando a automação para otimizar a mobilidade global. Os principais obstáculos à implementação de automação e robótica continuam sendo: falta de orçamento; capacidade para projetar e implementar soluções; falta de dados, recursos ou talentos qualificados. Ainda assim, os maiores benefícios de explorar a automação continuam sendo reduzir custos administrativos (39%), implementar recursos em atividades de maior valor (16%) e melhorar o fluxo de trabalho (17%). Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Global Assignment Policies and Practices Survey 2023 KPMG”, conduzida pela KPMG com mais de 100 participantes de diversos países.

“O valor obtido com a automação pode melhorar o gerenciamento e a consolidação de dados, ampliando o valor estratégico das equipes de mobilidade global em iniciativas cruciais para os negócios. A mobilidade global de talentos continuará se transformando e se concentrará no apoio às principais metas de recrutamento, engajamento, desenvolvimento e retenção de talentos. E deverá ficar menos sobrecarregada com processos administrativos e transações que podem se beneficiar de ecossistemas tecnológicos e soluções de automação com o uso de Inteligência Artificial”, afirma Janine Goulart, sócia-líder de People Services da KPMG no Brasil.

A pesquisa da KPMG abordou também tendências e práticas da política de mobilidade de talentos. Em termos globais, os profissionais da área classificaram três principais metas em relação ao programa de trabalho internacional: prestar suporte aos objetivos de negócios da organização (62%), atrair e reter profissionais realocados (12%), controlar os custos do programa (9%). No Brasil, o índice foi de 25% de respostas para os seguintes aspectos: controlar custos do programa, atrair e reter profissionais realocados, ser adaptável às mudanças nas necessidades do negócio.

A publicação evidenciou ainda que melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços é o principal motivo pelo qual os profissionais de mobilidade buscam apoio de serviços gerenciados. Ter acesso aos recursos e conhecimentos globais dos fornecedores de serviços de terceiros foi a opção indicada por 33% dos brasileiros. A motivação de 33% dos respondentes também é aprimorar o compliance geral do programa, reduzir custos e diminuir a quantidade de funcionários internos.

Sobre os tipos mais comumente usados de políticas formais de atribuição e realocação, os brasileiros indicaram, entre outros: viagem de negócios prolongada (33%); curto prazo, com menos de 12 meses (33%); longo prazo ou padrão, de um a cinco anos (33%); desenvolvimento e treinamento (33%). Outro dado é que metade (54%) das organizações atualmente não utilizam tecnologia de gerenciamento de mobilidade de talentos para administrar diversos aspectos de seus programas.

“Conforme as equipes de mobilidade atuam nesse cenário global em constante mudança, é imprescindível que as organizações se mantenham conectadas com clientes e stakeholders da mobilidade, garantindo que suas expectativas continuem no centro da tomada de decisões. Mantendo a centralidade no cliente, as equipes de mobilidade global podem superar os desafios atuais e entregar cada vez mais valor”, complementa Janine Goulart, da KPMG.

Em relação à análise de dados, os respondentes que a usam para orientar políticas e tomadas de decisão permaneceu ligeiramente abaixo de 40%. Olhando para o futuro, os participantes estão mais interessados em automatizar a iniciação de trabalhos internacionais (21%), a efetuar projeções de custos de trabalhos internacionais (19%) e criar documentos de trabalhos internacionais (18%). Essas áreas estão alinhadas com os maiores esforços administrativos de mobilidade global e ampliam oportunidades para o desenvolvimento e a implementação de soluções de Inteligência Artificial generativa.

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