Por Renan Conde, diretor de vendas da Factorial,
A realidade que nos foi imposta nos últimos dois anos, por conta da pandemia, evidenciou a necessidade de uma transformação digital rápida das empresas que, neste novo cenário, vislumbram acompanhar o movimento do mercado, dos consumidores, concorrentes e também de seus colaboradores. Hoje, para alavancar o crescimento dos negócios, acredito ser praticamente impossível dissociar o uso da tecnologia e da inteligência artificial dos processos diários. E quando falo em processos, me refiro à rotina por completo, desde a produção à dinâmica das equipes que, com um respaldo de ferramentas tecnológicas, conseguem obter, por exemplo, informações sobre pontos a serem aprimorados, automatizações, escalabilidade, e fazer acompanhamentos de forma rápida e precisa, o que, consequentemente, torna-as mais confiantes e livres para criar e buscar oportunidades de crescimento dentro de cada setor.
São muitos os exemplos do impacto positivo que a tecnologia pode gerar ao departamento de RH de uma empresa. Vale destacar que contar com a tecnologia em processos burocráticos – como a coleta e o armazenamento seguro de documentos dos colaboradores – pode ser crucial para que esse funcionário se sinta parte de um todo. Além, é claro, da personalização e automatização no envio de comunicados e holerites, e até mesmo o acesso dos colaboradores à agenda de atividades da empresa – de maneira fácil, na palma da mão, por meio de um aplicativo de celular. Isso permite que o RH consiga ter mais tempo para se dedicar ao desenvolvimento das pessoas, de suas soft skills, criando um ciclo saudável de crescimento corporativo.
Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Boston Consulting Group, revelou, inclusive, que 63% das companhias que apostam em inteligência artificial viram a eficiência do trabalho aumentar. 61% notaram um avanço na confiança das equipes, e 71% perceberam que até mesmo o processo de aprendizagem melhorou. É inegável que a inovação se tornou protagonista e vem promovendo mudanças em diversos departamentos essenciais a uma organização. Não à toa, 52% das empresas latino americanas estão usando a tecnologia para gerar valor, 33% a utilizam para promover melhorias em processos já existentes, e 51% das empresas que usam inteligência artificial conseguiram lucrar com ajuda dessa tecnologia.
Esses números escancaram a relevância dessas ferramentas que, de uma forma estratégica e humanizada, levantando informações e analisando-as, principalmente, têm o poder de contribuir ao desenvolvimento, motivação e integração do time – e não apenas à otimização de softwares, hardwares ou equipamentos. Elas levantam fatores determinantes que podem definir quem vai avançar a passos largos e se adaptar rapidamente, de maneira sustentável, às novidades que forem surgindo. Vantagens há de sobra, mas para acessá-las é preciso se moldar, se transformar, e ter um olhar mais apurado para fugir de modelos padronizados. A inteligência artificial está aí e, diferente do que muitos pensam, não é para automatizar e igualar tudo, mas sim para identificar especificidades a serem exploradas e melhor trabalhadas.