Como a tecnologia tem auxiliado no acesso e democratização do cuidado dos pacientes em casa

Especialista da healthtech Laura, explica como o uso de ferramentas tecnológicas podem desafogar os sistemas de saúde

A necessidade do isolamento social por conta da pandemia de Covid-19 trouxe à tona a importância e os benefícios de criar soluções que possibilitem os cuidados com a saúde da população dentro de suas próprias residências. Com a telemedicina se mostrando tão eficiente, segura e, até mesmo, democrática para os pacientes, as ferramentas tecnológicas, que até então tinham uma atuação muito tímida na promoção à saúde, passaram a ganhar destaque no último ano e se mostraram tão válidas e assertivas quanto os métodos tradicionais. Um bom exemplo deste movimento tem sido o crescimento das chamadas healthtechs – startups voltadas ao segmento da saúde – que têm oferecido ao mercado propostas inovadoras para auxiliar no desafogamento dos sistemas de saúde e segurança ao público e profissionais da área. De acordo com a Healthtech Report 2020, o número dessas empresas cresceu 118% nos últimos dois anos, impulsionado, principalmente, pelo atual momento que vivemos.

“A área da saúde sempre foi bastante tradicional e o uso de recursos tecnológicos e inovadores ainda eram considerados um tabu no setor, sendo a tecnologia um mero facilitador para os profissionais. Contudo, a pandemia chegou e mostrou que, não só era possível, mas como necessário ir além para garantir o acesso à saúde mais assertivo e democrático a todos”, afirma Dr. Hugo Morales, diretor médico e cofundador da Laura , startup que oferece soluções de inteligência artificial para a democratização da saúde.

Com isso, temas que antes engatinhavam no setor, como telemedicina, Big Data e Machine Learning, ganharam os holofotes, justamente por fornecerem mais comodidade, segurança e informações mais assertivas, tanto aos médicos quanto aos pacientes. Não à toa, de acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde, o ano de 2020 registrou cerca de 3 milhões de teleatendimentos desde o início da pandemia. A fim de ajudar nesta missão, Laura desenvolveu no último ano a Laura Care, ferramenta que visa auxiliar no desafogamento dos hospitais por meio de triagens, classificação de riscos, direcionamentos e acompanhamento dos pacientes, sem a necessidade do deslocamento desnecessário à instituição.

De acordo com os levantamentos da empresa, a ferramenta já realizou mais de 400 mil atendimentos até o momento, sendo 10 mil deles consultas de telemedicina. Além disso, o mapeamento também identificou que mais de 50% dos casos reportados eram leves e, com isso, a própria inteligência artificial foi capaz de realizar o acompanhamento do público.

“Este número é bastante expressivo e mostra como, muitas vezes, os hospitais e consultórios acabam se sobrecarregando com a demanda de pacientes que não precisariam estar lá naquele momento com base nos sintomas, correndo o risco de se contagiarem ou contagiar outras pessoas sem uma real necessidade”, ressalta o médico.

Atuando como um Pronto Atendimento Digital, os pacientes podem acessar a interface da Laura, conectada com suas operadoras de saúde, e realizar a triagem com a assistente virtual. A partir das análises dos sintomas descritos, a Inteligência Artificial da healthtech é capaz de dar os direcionamentos necessários àquela pessoa, seja fazendo o acompanhamento e monitoramento, direcionando para um teleatendimento ou, caso necessário, encaminhar para um hospital parceiro, que já terá em mãos todo seu histórico.

“Esta é uma forma de trazer mais tranquilidade ao público e tornar o atendimento mais coordenado, bem estruturado e assertivo de ponta a ponta”, finaliza Morales.

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