Hiperautomação vai brilhar em 2022 e valorizar ainda mais o papel da inteligência artificial

Cada vez mais se ouve falar em hiperautomação. Termo autoexplicativo, hiperautomação significa que todo processo repetitivo dentro das empresas poderá ser automatizado. Ou seja, trata-se da automatização da automação. De acordo com Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud (SP), a ideia central é combinar o uso de vários recursos tecnológicos para substituir processos às vezes lentos que dependem do fator humano para dar resultado. “Quem imagina que, mais uma vez, são as máquinas substituindo pessoas em determinados processos acertou. Mas vale ressaltar que há sempre pessoas por trás dessa orquestração. Portanto, empregos com um novo perfil serão gerados e ainda mais pessoas vão se beneficiar com os resultados, já que a máquina desempenhará com um nível maior de perfeição e competitividade tarefas de aprendizado, julgamento e tomada de decisões”.

Citada pela consultoria norte-americana Gartner como uma das principais tendências tecnológicas para 2022 , a hiperautomação envolve a múltipla combinação de automação de processos robóticos, aprendizado de máquina (machine learning), pacotes de software e ferramentas de automação. “Além de melhorar o desempenho e aumentar a competitividade de mercado, é possível melhorar muito os processos internos das empresas por meio de maior agilidade na tomada de decisões. E isso agora fica sob responsabilidade de processos de hiperautomação”, diz Filadoro.

Na opinião do executivo, o papel da Inteligência Artificial será ainda mais valorizado, à medida que a hiperautomação fizer uso cada vez mais frequente do aprendizado de máquinas para gerar conteúdo relevante e original. “Estamos seguindo para a era da Inteligência Artificial Generativa. Se hoje ela responde por menos de 1% de todos os dados produzidos, em dois ou três anos saltará para 10%. Isto porque ela permite que os computadores aprendam o padrão que está por trás de cada problema e usa esse conhecimento para gerar conteúdo original. Ou seja, as máquinas serão programadas para automaticamente descobrir e aprender os padrões existentes nos dados e gerar novos dados a partir daqueles com que foram treinadas. Parece complicado, mas não é. Mais do que isto, vai abrir um campo enorme de possibilidades”.

Filadoro acredita que a hiperautomação – apoiada na Inteligência artificial generativa – poderá ser largamente aplicada na indústria 4.0, no setor de saúde e construção, entre tantos outros segmentos da economia, ajudando a resolver uma infinidade de desafios nas empresas. “Quando um robô faz a parte burocrática e repetitiva do trabalho, as empresas podem investir em profissionais mais preparados para a próxima onda de inovação e transformação tecnológica”.

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