Por Marcelo Araújo, diretor comercial da eBox Digital
Nos últimos anos, a palavra automação ganhou destaque quando o assunto é melhoria de processos e otimização de tempo. Não há mais como evitar: procedimentos repetitivos precisam ser automatizados, porque já existe uma consciência de que a automação de processos interfere de maneira direta nos resultados da empresa. Basta pensar que ferramentas e sistemas mais modernos trazem bons relatórios, logo, uma empresa que conte com um EPR bem estruturado e que consiga fazer a interligação de setores e atividades com dados de qualidade sairá na frente em detrimento de outras menos preparadas tecnologicamente.
Neste contexto, o uso da tecnologia de RPA (Automação Robótica de Processos, do inglês Robotic Process Automation) vem se expandindo e se tornando cada vez mais comum dentro das organizações. Trata-se de uma inovação que utiliza robôs de software para automatizar tarefas repetitivas e manuais, frequentemente realizadas por seres humanos em sistemas empresariais. Estes “robôs” são capazes de simular ações humanas, como clicar, digitar e ler telas, e são comumente usados para otimizar processos de negócios, reduzir erros e aumentar a eficiência.
Um relatório da consultoria Acumen prevê que a receita global com RPA atingirá o valor de US$ 4,1 bilhões em 2026. O crescimento do setor está atrelado à crescente procura por soluções de automação, a integração com as tecnologias de Inteligência Artificial (AI) e o mercado das PMEs. Nota-se então, que com o desenvolvimento da tecnologia, o uso de robôs e a integração do IA com RPA será cada vez mais popular, representando uma excelente opção aos negócios.
Os números não mentem. A Automatização de Processos Robóticos (RPA) é uma das tecnologias mais disruptivas e transformadoras no mundo dos negócios. Ao integrar a automação de tarefas repetitivas e baseadas em regras da IA, ela está revolucionando a maneira como as empresas operam, aumentando a eficiência, reduzindo custos e impulsionando a inovação.
São robôs programados para executar uma variedade de atividades, como coletar dados, preencher formulários, processar transações e muito mais, de forma rápida, precisa e sem a necessidade de intervenção humana constante. Eles podem ler dados de aplicativos, manipular informações, iniciar ações e se comunicar com outros sistemas – tudo de acordo com as regras e instruções definidas pelos desenvolvedores.
Além disso, o RPA é uma tecnologia poderosa para a integração de sistemas. Se uma organização utiliza um determinado ERP, por exemplo, pode ser feita a integração utilizando um RPA que automatize tarefas executadas com base em informações de dentro desse ERP, como o preenchimento de cadastros e formulários. Ou, além disso, sistemas que não possuem capacidade de se integrarem, e que a migração de dados só pode ser de maneira manual, podem ter seus problemas resolvidos através de RPA.
Para que isso seja possível, é preciso realizar um projeto em três etapas macros: assessment, planejamento e desenvolvimento.
Na etapa de assessment, há o estudo e entendimento do processo no qual a automação de tarefa será realizada para compreender as tecnologias envolvidas; no planejamento, tem o intuito de avaliar todas as informações coletadas na etapa de assessment. Dessa forma, pode ser realizada a definição da melhor solução de integração da Automação Robótica de Processos e os seus critérios de aceitação e mediação de performance. Por fim, a última etapa da integração é o desenvolvimento, pois nele será realizado todo o esforço e atividades definidas na fase de planejamento.
Quando se faz a integração de RPA com os sistemas da empresa, as vantagens se tornam ainda mais evidentes.
Sem dúvidas, a Automação Robótica de Processos é fator importante como aceleradora para a obtenção de benefícios da transformação digital. As empresas que investirem nesta tecnologia, estão muitos passos à frente rumo ao futuro.
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