Startups utilizam inteligência artificial para analisar imagens de forma automatizada

O trabalho manual e sem ajuda da tecnologia se tornou precário e não é mais funcional para as empresas. Hoje a transformação digital se tornou uma necessidade no mercado atual. De acordo com uma pesquisa global feita em janeiro de 2021 pela KPMG, empresa que presta serviços de Audit, Tax e Advisory, 71% das companhias brasileiras aceleraram suas estratégias de transformação digital devido à pandemia e 67% aumentaram seus orçamentos para esse fim. Já outro levantamento da Microsoft, aponta que 97% das PMEs consideram importante incluir tecnologia no modelo de trabalho de forma permanente.

O destaque da vez é para as startups de diversas áreas, que utilizam a inteligência artificial para analisar imagens de forma automatizada e trazem soluções para outras empresas. Um exemplo é o VExpenses, plataforma que automatiza a gestão de despesas de equipes e funcionários, que por meio da inteligência artificial e da tecnologia OCR (Optical Character Recognition), desenvolveu uma solução que consegue identificar automaticamente o detalhamento de todos os gastos dos funcionários nos comprovantes fiscais, automatizando o cadastro de despesas para prestação de contas, e evitando possíveis fraudes e a duplicidade nas cobranças ou itens que violam as políticas de despesas das empresas.

O sistema também permite integrar com diversos sistemas de gestão, como os mais famosos ERPs, possibilitando o envio de forma automatizada dos dados de relatórios aprovados para o contas a pagar da empresa, por exemplo, reduzindo ainda mais o trabalho manual de incluir essas informações no ERP da companhia. “Utilizar esse tipo de funcionalidade faz com que esse tempo economizado seja destinado a outros serviços. Nos dias de hoje precisamos buscar soluções que nos ajudem a ser mais eficientes, porque com isso ganhamos destaque perante a concorrência”, comenta Thiago Campaz, CEO do Vexpenses.

A análise de imagens de forma automatizada também está presente na área da saúde. A NeuralMed é uma healthtech que utiliza inteligência artificial para analisar imagens e textos em diversas instituições, auxiliando profissionais da saúde na realização de diagnósticos mais precisos e na tomada de decisões. Além de contribuir com o trabalho de médicos e com o atendimento de pacientes, as soluções permitem a redução de tempo dos procedimentos e os custos na execução dos processos.

“As nossas soluções podem obter imagens da tomografia de um tórax, por exemplo, e em tempo real, são analisadas as possíveis patologias e nível de criticidade, contribuindo para que profissionais da saúde realizem um diagnóstico assertivo. Tudo é feito de maneira muito rápida, o que contribui principalmente com os casos mais críticos, que exigem ainda mais cuidado e agilidade. Soluções que analisam imagens de forma automatizada eliminam exames desnecessários e fazem com que diversos processos fluam de maneira eficaz, beneficiando todas as partes”, explica o CEO da healthtech, Anthony Eigier.

O monitoramento de florestas e lavouras também pode ser feito por meio da inteligência artificial aplicada a imagens de satélite. A Quiron Digital desempenha essa função com excelência. A partir de análises avançadas das imagens, a startup consegue prever com até 10 dias de antecedência a ocorrência de incêndios, verificar a saúde da vegetação e a existência de pragas.

A Quiron Digital tem a ambição de estabelecer o Brasil como um exportador de tecnologia de monitoramento de florestas. Para isso, participa de programas de internacionalização como o StartOut Brasil. Por meio dele, já fez conexões em Lisboa, capital portuguesa e uma importante porta de entrada para o mercado europeu e, atualmente, está participando do ciclo Santiago do programa. “Cada ecossistema apresenta suas particularidades e a Quiron consegue ajustar seus algoritmos para analisá-las da melhor forma. Queremos conquistar cada vez mais países porque acreditamos que a humanidade precisa trabalhar ativamente para reverter os impactos ambientais causados ao longo de décadas de exploração desenfreada”, diz Diogo Machado, Diretor de Mercado da startup.  

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